Quando os olhos falam
E não há necessidade
De a boca intervir
É um sinal de que
A comunicação encontrou
Sua batida perfeita
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Receitinha
Ouça com cuidado as coisas que lhe são ditas
Observe cada movimento ao redor
Observe o efeito provocado por cada palavra dita
Em si e nos outros
Preste atenção
Tudo possui duas faces
Nem sempre o que se diz é o que se quer dizer
Nem tudo que parece só parece
Calcular ações e palavras
É o segredo da matemática da vida
Saber calar e saber ouvir
São ingredientes básicos para o inicio do saber
Afinal, o que é o saber
Senão a consciência de si
Em si mesmo?
Isso mesmo
sábado, 13 de outubro de 2012
Cacos
Criando coisas
Desconstruo
O que em mim
Virou cacos
Cacos para traduzir
Reconstruir
Vitrais são cacos
Que se fazem companhia
Fragmentos de si mesmo
máscaras reinventam vitrais
Recriando cacos
Vamos construindo imagens no espelho
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
A passagem
Quando me descobriram, fiz uma passagem
Saí dos sonhos de uma mãe
E fui para um ventre generoso
Quando nasci, fiz uma passagem
Saí de um mundo só meu
Onde tudo era perfeito
E abri os olhos para um mundo de muitos
Quando me tornei adolescente, fiz uma passagem
Sai à força do universo de imaginação, sonho e fantasia
E caí na fantasia do mundo dos sonhos
Quando me vi adulta, fiz uma passagem
Saí do mundo do: mãe, pode?
E construí o universo do Eu posso!
Ainda sou adulta e vivo fazendo passagens
Saindo de dúvidas, entrando em mais dúvidas
Percorrendo sonhos, trilhando desejos
Desmentindo fantasias
Construindo a cada dia uma outra verdade
Cheguei fazendo passagens
Sigo fazendo passagens
Chegará um dia em que dirão que parei
Mas uma coisa é certa: isso também será somente uma passagem
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Pingos
O pingo de chuva
Que entra pela janela
Revela de susto
O que a alma escondia
Fechei a janela
O pingo virou mar
Que inundou o sertão que fazia
Tum Tum... Tum Tum...
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Pensando...
Pensando nas coisas da vida concluí que
É fácil escapar das ciladas do caminho
Das saias justas
Das saias largas
Da falta de saias
É só não perder o rebolado
É fácil conviver com todo tipo de gente
Diga-me com quem tua andas
E direi se quero ir junto
É fácil encontrar jóias pelo caminho
Nem tudo que reluz é ouro
Pedras brutas guardam seu brilho no interior
Lapidação... qualquer loja dá
As aparências enganam
As atitudes denunciam
As palavras anunciam
O caráter deforma, dá forma, forma
A consciência seleciona
Tudo que sobe... desce
Tudo que nasce... cresce
Tudo que sobra... apodrece
Tudo que é lapso se esquece
Sigo pensando nas coisas da vida
É fácil escapar das ciladas do caminho
Das saias justas
Das saias largas
Da falta de saias
É só não perder o rebolado
É fácil conviver com todo tipo de gente
Diga-me com quem tua andas
E direi se quero ir junto
É fácil encontrar jóias pelo caminho
Nem tudo que reluz é ouro
Pedras brutas guardam seu brilho no interior
Lapidação... qualquer loja dá
As aparências enganam
As atitudes denunciam
As palavras anunciam
O caráter deforma, dá forma, forma
A consciência seleciona
Tudo que sobe... desce
Tudo que nasce... cresce
Tudo que sobra... apodrece
Tudo que é lapso se esquece
Sigo pensando nas coisas da vida
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