segunda-feira, 30 de julho de 2012
Mar de estrelas
Um mar de estrelas me sorri em pensamento
Desejos inundam a alma que a cada pulsar sente as caricias
De uma liberdade única e infinita
Liberdade que assusta e renova
Renova esperanças, assusta as pequenas certezas
Fortalecem as grandes esperanças de um dia ser grande
De um dia ser brando
De um dia ser simples de um dia SER
Um mar de estrelas me sorri em movimentos
Brisas de contentamento
Prenúncios de acontecimentos
Amadurecimento, conhecimento
Vivências de um futuro promissor
Me visto de brandura, astucia e percepções
E sigo arrebatador
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Eu te amo
A inquietante calmaria do dia foi quebrada
Pelo toque do telefone que cantava rock de elevador
O número desconhecido revelava um mundo de possibilidades
O som da tua voz do outro lado
Estremeceu meu coração que palpitava sem controle
Em meio ao som dos carros e a voz do vendedor de pamonha
Que parecia entoar canções de amor
O breve instante da unidade de cartão telefônico
Fora suficiente para dar cor ao bestar do dia
Oi, só liguei pra dizer que eu...
Bastou, fez-se o silêncio.
O sorriso brotando do corpo trêmulo
Relembrava a primeira vez em que tocaste minha mão
E deste lado, em meio ao silêncio e sons do peito em palpitos
A resposta é dita em tom de oração
Eu te amo também.
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Aquarela
Com o raiar da manhã o peito se abriu em um sorriso violeta
Os olhos dourados de desejo reluziram vontades e planos azuis
O dia seguiu o ritmo de um coração que pulsava bordô, vermelho e terra
Em um tic tac verde oliva de matar o branco de inveja
A tarde alaranjada levava salpicos de uma alegria rubra que deixava
humores cinza manchados de amarelo, lilás e anil
Com a chegada da noite pérola, as despedidas calorosas emanavam
saudades rosadas e fluorescentes
O que ninguém percebeu é que no fundo daqueles olhos negros
Morava um homem cego
sábado, 21 de julho de 2012
A cura
Baixei a guarda e você chegou
Esqueci meu nome, minha fisionomia
O brilho no olhar era inevitável, indefinível
Meu mundo mudou, as cores ficaram mais vivas
Tudo ganhou gosto, sabor, vigor
Sentia o pulsar da vida, das horas e da paixão
Me entreguei e quase morri
De desejo, confiança, amor...
O caos virou calma, a dúvida, certeza
O medo, segurança, a mentira verdade...
Dói a incerteza da felicidade
Dói a insegurança da mentira
Dói mais ainda a tirania da verdade
Adoeci de amor
Enlouqueci de amor
Adormeci de amor
Anoiteci de amor...
Onde está a cura daquilo que me dói e me segura
Daquele que me rói, atormenta, acalenta, cala, sangra, alenta e conforta
Aonde está a cura?
Existe alguma além de você?
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Luz dos olhos teus
Ouço a voz do silêncio cantando na noite iluminada
Em mim cantou boleros de saudades
Noutros tempos cantaria hinos de vontade
jingles de certezas, tangos de sedução
e recitaria poemas de amor eterno
A luz da vela acesa ilumina a luz dos olhos
que numa tormenta de desilusões se cansou de esperar
Vaga vazio e triste à sombra de outra vela
que acaba de se apagar na luz dos olhos teus
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Que...
Que a noite seja fria e insinuante
o abraço aconchegante e sedutor
o beijo macio e doce como o sorriso de uma criança,
sem perder a malícia natural da adolescência viva na mente dos amantes
Que o amor seja transparente
e as bocas cúmplices e confidentes
as mãos desesperadas, firmes e inseguras
as mentes confiantes e em constante êxtase...
Mas acima de tudo
que seja vivo, intenso, avassalador... simples
Que seja VERDADE
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